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Dérbi 212: Ponte Preta Brilha, Guarani Amarga Ano Melancólico

Por Redação FutPonte em 12/10/2025 04:14

O 212º Dérbi Campineiro transcendeu a mera disputa esportiva, funcionando como um espelho cristalino da realidade de 2025 para os clubes de Campinas. De um lado, a Associação Atlética Ponte Preta, em plena euforia, celebrou uma campanha memorável com uma festividade no Moisés Lucarelli. Do outro, o Guarani Futebol Clube vivenciou uma despedida sombria e apática, carente de ímpeto e capacidade de reação.

A vitória da Macaca por dois a zero assegurou a vaga na final da Série C, solidificando sua hegemonia no ano: em quatro clássicos, foram três triunfos e um empate. Para a Ponte, o confronto foi um marco de afirmação e júbilo. Para o Guarani, serviu como a representação exata de um período onde os planos não se concretizaram.

A Ascensão Alvinegra: Temporada para a História

A jornada da Ponte Preta na Série C já possuía contornos históricos, mesmo antes do clássico. Desde as rodadas inaugurais, o elenco se posicionou entre os principais contendores, superando adversidades financeiras, mudanças na comissão técnica e a saída de jogadores cruciais. Contudo, foi na fase decisiva que a conexão entre o plantel e a torcida se fortificou. A chegada do técnico Marcelo Fernandes e a adoção do lema ?A Ponte é para quem acredita? transformaram obstáculos em motivação.

O embate contra o Guarani constituiu mais um capítulo dessa trajetória. Marcelo Fernandes optou por uma formação ofensiva, com três atacantes, deixando claro que a estratégia seria a vitória, e não a gestão do resultado. A Ponte viveu o dérbi intensamente desde o apito inicial.

A Performance Impecável no Campo Sagrado

Diogo Silva demonstrou segurança quando acionado, a dupla de meio-campo Rodrigo Souza e Luiz Felipe auxiliou Elvis na orquestração do jogo, e o trio ofensivo ? Bruno Lopes, Toró e Diego Tavares? personificou a dedicação coletiva. O primeiro gol exemplifica perfeitamente o espírito desta Ponte: de uma bola na trave do Guarani a um contra-ataque fulminante iniciado por Toró, finalizado por Elvis e Bruno Lopes em questão de segundos. Uma sequência precisa, nascida da intensidade.

A vantagem concedeu serenidade à Macaca, que manteve o controle do ritmo e continuou a criar oportunidades. Toró exigiu intervenção de Dalberson, e Bruno Lopes e Elvis estiveram próximos de ampliar, até que, na segunda etapa, Luiz Felipe , através de uma jogada de bola parada, selou o placar. Uma celebração completa para os 17 mil torcedores pontepretanos.

O Ano Esquecível do Bugre: Ausência de Identidade

Se a Ponte assumiu o protagonismo, o Guarani desempenhou um papel secundário em seu próprio dérbi. A equipe até espelhou o esquema 4-3-3, mas careceu de alma. O setor de criação esteve completamente ausente ? e quando o principal articulador desaparece no confronto mais vital do ano, o impacto é sentido por todos. Bruno Santos permaneceu isolado, sedento por chances que jamais se materializaram.

Mirandinha foi um dos poucos a tentar romper a letargia, demonstrando esforço e dedicação, quase sempre sem apoio. A pressão exercida no segundo tempo evidenciou alguma tentativa de reação, mas foi insuficiente. A bola parada, outrora uma arma bugrina, desta vez selou o destino com o gol de Luiz Felipe .

Reflexos de 2025: Destinos Opostos em Campinas

O Guarani encerra o ano de 2025 com um único ponto conquistado em doze possíveis nos dérbis e sem qualquer destaque em competições. Um time que, mesmo sem as mesmas turbulências extra-campo do seu rival, falhou em se impor dentro das quatro linhas. As queixas sobre a arbitragem em partidas anteriores podem ter algum peso no discurso, mas o que realmente minou o desempenho do Guarani foi a ausência de postura e de uma identidade clara.

O confronto no Majestoso foi além de um simples clássico. Ele simbolizou como dois clubes da mesma cidade vivenciaram temporadas diametralmente opostas. A Ponte demonstrou que, mesmo em meio a desafios, é possível extrair força da entrega coletiva, da sintonia com sua torcida e da clareza de um propósito.

O Guarani, em contrapartida, conclui o ano com a percepção de que faltou de tudo: planejamento, performance, intensidade e capacidade de superação. Enquanto a Macaca avança para a final em busca de um inédito título nacional, o Bugre se depara com uma realidade desconfortável ? e uma imperativa necessidade de reconstrução. Em Campinas, o dérbi transcende o futebol; é uma questão de sentimento, identidade e pertencimento. Em 2025, foi a Ponte Preta quem soube vivenciar isso em sua plenitude.

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Gustavo

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Comentado em 12/10/2025 08:31 Mano, a Macaca tá voando baixo, time agressivo e sem medo, só festa agora! Vai Ponte!
Ricardo

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Comentado em 12/10/2025 06:22 Ponte tá com tudo esse ano, brabo demais!
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