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Marcelo Fernandes: Bastidores do Título da Série C e Planos para o Futuro da Ponte Preta

Por Redação FutPonte em 05/11/2025 19:43

Após a consagração com o acesso à Série C e a conquista de um título sem precedentes na trajetória da Ponte Preta, o comandante Marcelo Fernandes concedeu entrevista ao Esporte News Mundo. Durante o diálogo, o estrategista abordou os pormenores da vitória, a trajetória vitoriosa da equipe, suas inspirações no ofício de treinador e as perspectivas para o planejamento da temporada de 2026. Suas palavras ecoam a magnitude do feito alcançado pela Macaca em 2025.

Com uma expressão de profundo contentamento, Fernandes articulou a essência do triunfo:

A sensação é ótima assim de dever cumprido. Mais ainda pela torcida que esperava muito este título. Realmente, foi um situação que nos deixou muito feliz de saber que a gente conquistar (Série C) e ver o tamanho da conquista realmente. Isso foi muito importante não só para mim, mas para todos os atletas e comissão técnica. E consegue gravar o nome na história da Ponte Preta.

Embora o técnico tenha se dirigido a Santos, sua cidade natal, logo após o confronto decisivo, ele não ignorou a efervescência que tomou conta de Campinas. Os relatos que chegaram até ele pintam um quadro de uma cidade em festa, com torcedores exibindo orgulhosamente a camisa alvinegra.

É, eu fiquei após o jogo depois eu fui para Santos que é minha cidade, mas a gente sabe que os relatos do pessoal, estou muito contente andando com a camisa. Diariamente agora a gente fica muito feliz, eu acho que isso tudo para a torcida foi importante. Eles merecem demais por tudo que eles fizeram pela gente. Então, a gente fica feliz em ver a cidade feliz, a cidade preta e branca e todo mundo orgulhoso do trabalho que foi feito na Ponte (Preta).
As palavras do treinador ressaltam o merecimento da torcida, peça fundamental nessa jornada.

O Significado do Título e a Euforia Alvinegra

Ao revisitar sua trajetória profissional, Marcelo Fernandes delineou as etapas que o conduziram ao comando da Macaca. Ele relembrou sua passagem pela Portuguesa Santista e múltiplas experiências no Santos, onde também atuou como técnico. Um ponto crucial em sua narrativa é a gratidão expressa ao Guarani e ao presidente Rômulo, que lhe concederam uma oportunidade desafiadora: assumir uma equipe sem pontuação em três rodadas e elevá-la a dezesseis pontos, a apenas dois da zona de classificação. Apesar do desempenho notável, a troca de comando no rival foi uma decisão do clube, que Fernandes se viu obrigado a aceitar.

No entanto, o ponto de virada foi a confiança depositada pela Ponte Preta em seu método, mesmo após sua passagem pelo arquirrival. Ele enfatizou a importância da transição, reconhecendo o legado de Alberto Valentim, que deixou a equipe com 27 pontos, mas em um momento de estagnação, sem vitórias em três jogos. A chegada de Fernandes impulsionou uma sequência impressionante de seis triunfos consecutivos, um período que ele descreve como imensamente gratificante e necessário para consolidar seu valor e o de sua comissão técnica, composta por Marcelo Copertino e Marco Alerrandro.

A Portuguesa Santista foi lá trás, né?! Eu já tive outros momentos no Santos, né?! Como treinador, foi depois da Portuguesa Santista que eu peguei. Porém, já fui no Santos, treinador também. E cara, sou muito grato pela oportunidade, sou muito grato ao Guarani ao presidente Romulo. Já deixei isso bem claro me deu oportunidade de pegar uma equipe que não tinha ponto algum no campeonato em três jogos, nós conseguimos deixar o clube com dezesseis pontos a dois da classificação e acontece isso no futebol troca, existe oscilação e o Guarani achou por bem trocar e a gente tem que entender? E mais o mais importante disso tudo foi a Ponte confiar no meu trabalho e tudo que eu tinha feito no rival e de ter a certeza que era o cara escolhido para momento, né? Também teve um grande trabalho do Alberto Valentim, né? Deixou a equipe com vinte e sete pontos, mas a equipe já não ganhava três jogos e a gente chegou e conseguiu uma sequência de seis vitórias né? Para mim, foi muito gratificante como treinador, eu precisava muito desse momento, o ano foi propício para mim não só eu como minha comissão técnica o Marcelo Copertino, Marco Alerrandro, a gente colocar mostrar, o nosso valor, a gente precisava desse oportunidade e a gente conseguiu abraçar com os dentes, foi muito legal.

A Trajetória de Marcelo Fernandes: Do Rival ao Comando da Macaca

Diante das adversidades financeiras enfrentadas pelo clube ao longo do ano, o treinador fez questão de destacar a contribuição inestimável dos atletas mais experientes, que se revelaram pilares de liderança e estabilidade. Nomes como Diogo, Arthur, Simon, Vanderson, Rodrigo, Léo Oliveira, Lucas Cândido, Elvis e Toró foram cruciais. Além deles, Serginho também teve um papel de grande relevância. Fernandes ressaltou que esses jogadores, para além de seu desempenho em campo, foram parceiros da comissão técnica na gestão de inúmeras situações delicadas. Ele recordou as palavras que proferia a eles:

Não há dinheiro no mundo que paga o que vai acontecer para nós daqui a pouco. (Final contra o Londrina). E aconteceu tudo que eu falei, graças a Deus. Os atletas merecem muito. Não só os experientes como essa molecada que também eu tive o privilégio de subir, de ter em um jogo nove atletas da base. Então, acho que a união perfeita, é atleta da base com os jogadores mais experientes para quem sai fortalecido no futuro seja a Ponte Preta. Muito feliz!
Essa simbiose entre a experiência dos veteranos e o vigor dos jovens talentos, com Fernandes tendo a oportunidade de promover nove atletas da base em um único jogo, foi, em sua visão, a fórmula ideal para o fortalecimento futuro da Ponte Preta.

A União que Forjou o Título: Experiência e Juventude na Macaca

Refletindo sobre sua própria evolução na carreira, Marcelo Fernandes se considera um profissional afortunado por ter convivido com técnicos de elite. Ele se alinha à "escola" de Muricy Ramalho, a quem reverencia não apenas como um mestre no campo tático, mas como um modelo de caráter e integridade.

Ah, a gente aprende muito, né? Eu sou um privilegiado de trabalhar só com treinadores de alto nível, né? Eu sigo muito a escola de Muricy Ramalho que é o cara que é minha referência um cara que eu tenho como só como referências e profissional, como treinador. Referência com homem, sujeito que não desvia comportamento, é bem direto para resolver seus problemas que é bem direto nas suas respostas, principalmente estando errado ou certo, então acho que no mínimo que um cara de caráter tem que fazer independente de se ganhar, perder ou empatar e os outros também que eu tive a felicidade de trabalhar com Fernando Diniz, com Fábio Carille, Oswaldo de Oliveira , Givanildo Oliveira, Geninho e Ariel Holán. O Cuca fez um trabalho no Santos, na Libertadores em 2020 espetacular por tudo que aconteceu, ele conduziu aquele grupo com maestria, a gente vai aprendendo e eu tenho esse ditado que eu falo nós nascemos. Vivemos burros e vamos morrer burros, a gente tem que todo dia aprender alguma coisa e o Marcelo está sempre aberto para aprender alguma coisa e o Marcelo está aberto para aprender novas coisas para cada vez mais lastro para essa profissão tão difícil que é ser treinador de futebol.
Ele também destacou a valiosa experiência de ter trabalhado com nomes como Fernando Diniz, Fábio Carille, Oswaldo de Oliveira, Givanildo Oliveira, Geninho e Ariel Holán. A condução do Santos por Cuca na Libertadores de 2020, em meio a um cenário desafiador, foi citada como um exemplo de maestria na gestão de grupo. Fernandes conclui com uma máxima pessoal sobre a busca incessante por conhecimento, fundamental para a complexidade da profissão de treinador.

As Referências que Moldaram o Comandante Marcelo Fernandes

Com o encerramento da temporada de 2025 para a Macaca, os olhos já se voltam para o ciclo de 2026. Indagado sobre o planejamento da diretoria e da comissão técnica para a montagem do elenco, especialmente diante da projeção de um novo calendário no futebol nacional, o treinador revelou a entrega de um relatório detalhado da última campanha. Contudo, a proximidade das eleições no clube introduz um elemento de incerteza no processo de contratações, um fator que exige cautela.

Fernandes sublinhou a natureza imprevisível do novo calendário de 2026, agravada por ser um ano de Copa do Mundo, o que implicará em um período de atividades mais conciso. Ele enfatizou a necessidade imperativa de a Ponte Preta aprimorar-se em diversas frentes, considerando sua participação na terceira fase da Copa do Brasil, na Série B e no Campeonato Paulista. A agremiação, segundo ele, deve elaborar um planejamento robusto para evitar surpresas desagradáveis e preservar sua posição conquistada.

O clube passa por uma eleição, a gente sabe disso, mas como você falou e a pergunta foi muito pertinente ano que vem, o calendário novo ninguém sabe como vai funcionar. O que é preciso fazer sabe-se que vai ser muito curto, as coisas ano que vem, até porque ano de Copa do Mundo. Então, a equipe tem que se preparar, a Ponte Preta precisa melhorar em muitos aspectos porque da mesma forma que está na terceira fase da Copa do Brasil, Série B e Campeonato Paulista. O clube, tem que fazer um planejamento muito bom para que não seja supreendida e possa perder seu lugar. Por isso, acho que tem que se preparar em pensar no melhor para Ponte Preta, pois é um grande clube. Esse acesso veio em um momento muito bom para todos sentarem e acho que presidente Marquinho Eberlin tem total ciência disso e com certeza vai fazer o melhor para Ponte Preta.
O acesso à Série C é visto como um catalisador, um momento propício para que todas as partes envolvidas se reúnam e tracem o melhor caminho para o futuro do clube, com o presidente Marquinho Eberlin ciente da responsabilidade.

Desafios e Projeções: O Planejamento da Ponte Preta para 2026

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