Arbitragem Náutico x Ponte Preta: Hélio dos Anjos Alerta para Árbitro da Série C

A iminente partida entre Náutico e Ponte Preta, válida pela Série C do campeonato nacional, ganha um contorno de preocupação adicional nos bastidores do futebol. O foco, desta vez, recai sobre a figura central do confronto: o árbitro. O comandante do time alvirrubro, Hélio dos Anjos, manifestou publicamente seu desconforto com a escolha de Arthur Gomes Rabelo, do Espírito Santo, para conduzir o duelo decisivo.

A Análise Crítica da Arbitragem para Náutico x Ponte Preta

A apreensão do treinador não é infundada, mas baseada em um histórico que, segundo ele, levanta sérios questionamentos sobre a capacidade de Rabelo em gerir um jogo de alta tensão. O árbitro, conhecido por Hélio há um considerável período, ostenta uma média alarmante de nove advertências disciplinares por embate. Tal estatística, por si só, já sinaliza uma tendência a interrupções frequentes e um manejo de jogo que privilegia a punição em detrimento do diálogo ou da simples imposição da regra, o que pode fragmentar o ritmo da partida.

O técnico expressou sua visão de forma contundente, traçando um paralelo com situações anteriores de arbitragem que já geraram polêmica. "Esse árbitro é diferente do jogo contra o São Paulo e me preocupa mais. Ele tem uma média de nove cartões por partida. Conheço há muito tempo. Ele é do Espírito Santo e surgiu com outro nome de lá. O outro está na Primeira Divisão e ele, não. É muito desequilibrado. Temos de ter uma atenção grande", declarou Hélio dos Anjos. A fala sublinha a percepção de um profissional que, apesar de sua longevidade no cenário, não ascendeu às divisões de elite, talvez por deficiências em sua condução ou por um estilo que destoa do que é esperado para o alto nível competitivo.

A análise do treinador se aprofunda ao detalhar outro aspecto particularmente alarmante: o volume de cartões vermelhos aplicados por Rabelo, com uma propensão maior a penalizar a equipe mandante. "O número de cartões vermelhos é alto também e é maior para o time da casa. Com uma média de nove cartões por jogo, mostra que não define com diálogo ou na imposição da regra. Ele faz o jogo ficar inseguro porque dá amarelo para todo mundo", complementou o experiente técnico. Essa abordagem, na visão de Hélio, não apenas gera insegurança nos atletas, mas também pode desvirtuar o andamento natural da partida, transformando-a em um palco de constantes interrupções e decisões polêmicas que podem influenciar diretamente o resultado final.

Foto: (Tiago Caldas/CNC/Direitos Reservados)

O Impacto da Condução do Jogo no Objetivo do Náutico

Em meio a esse cenário de cautela arbitral, o Náutico segue focado em seu objetivo maior: o acesso à próxima divisão. A equipe tem demonstrado uma notável evolução em seu desempenho em campo e na confiança coletiva, características essenciais para a reta final da competição. Contudo, a preocupação com a arbitragem adiciona uma camada de complexidade a um confronto já naturalmente desafiador, exigindo dos atletas e da comissão técnica uma atenção redobrada não apenas ao adversário, mas também à conduta do juiz, para que o foco na performance não seja desviado por decisões controversas e o objetivo principal não seja comprometido por fatores externos ao mérito esportivo.