Eleições Ponte Preta: Oposição Anuncia Lideranças e Caminho Eleitoral

O cenário político da Associação Atlética Ponte Preta começa a ganhar contornos mais definidos com a aproximação das eleições de novembro. O grupo de oposição, autodenominado "Ponte Pode Mais", deu um passo significativo ao anunciar as principais figuras que comporão a chapa que pretende desafiar a atual administração, liderada por Marco Antonio Eberlin.

A formalização desta candidatura, crucial para a participação oficial no pleito marcado para 20 de novembro, ainda depende da coleta das assinaturas exigidas. O prazo final para esse processo está estipulado para o encerramento de outubro.

O Movimento da Oposição: "Ponte Pode Mais"

À frente deste movimento oposicionista estará Eduardo Lacerda, que se apresenta novamente como candidato à presidência, repetindo sua participação no pleito de 2011, quando liderou a chapa "DNA Pontepretano". Ao seu lado, na posição de vice, estará João Carlos Cunha. A chapa também integra figuras notórias do universo pontepretano: Márcio Della Volpe, um ex-presidente do clube, e Giovanni Dimarzio, conselheiro e ex-dirigente.

A proposta do grupo, conforme expressou Lacerda, é de uma abordagem focada na resolução de desafios. Em um vídeo divulgado pelo "Ponte Pode Mais", o líder afirmou:

? É um grupo com coragem de enfrentar a crise e com pessoas capacitadas para resolver os problemas. Chega de falar do passado. Precisamos de solução.

Figuras Centrais da Chapa Opositora

Além dos nomes já mencionados, a composição da chapa é enriquecida por outros membros que assumirão papéis estratégicos. Gustavo Martinez foi designado para liderar o planejamento, enquanto Edison Ticle integrará a comissão de estratégia. Maurilei Pereira é apontado para presidir o Conselho Fiscal, caso a chapa obtenha êxito nas eleições. Completam o time os conselheiros Marwan Ramos, Paulo Destro, Adelaide Gomes, Décio Sirbone Júnior e José Carlos Castro.

É relevante notar que alguns desses indivíduos já possuem histórico de participação na gestão atual ou em pleitos recentes. Maurilei, por exemplo, é atualmente membro do Conselho Fiscal. Décio Sirbone e Paulo Destro, que atuaram como coordenadores da chapa do MRP em 2021, foram eleitos no último processo eleitoral em conjunto com o grupo que hoje representa a situação.

A Situação de Márcio Della Volpe no Cenário Eleitoral

Um dos nomes mais discutidos é o de Márcio Della Volpe, cuja participação no grupo político é permitida, embora ele não seja conselheiro atualmente e, portanto, não possa participar diretamente do processo eleitoral como eleitor ou candidato a conselheiro. Sua inelegibilidade decorre de um episódio de 2016, quando, durante a gestão de Vanderlei Pereira ? um aliado de Sérgio Carnielli, adversário declarado de Della Volpe ?, ele foi expulso do Conselho Deliberativo. A justificativa para a expulsão foi "irregularidades na gestão", resultando em uma suspensão de oito anos.

Apesar das restrições, Della Volpe tem um histórico recente de influência política. Na eleição anterior, ele manifestou apoio à chapa "MRP ? Movimento Renascer Pontepretano", que pavimentou o caminho para Marco Antonio Eberlin assumir a presidência e, assim, encerrou a longa "era Carnielli" na política alvinegra, que perdurou por um quarto de século.

O Caminho para a Formalização da Candidatura

Para que a candidatura da oposição seja oficialmente confirmada, é imperativo que o grupo reúna um número específico de assinaturas. São necessárias 150 assinaturas de conselheiros titulares e mais 75 de conselheiros suplentes. É fundamental ressaltar que apenas os conselheiros contribuintes estão aptos a fornecer essas assinaturas.

Conforme os dados divulgados pela Comissão Eleitoral em 30 de setembro, um total de 760 nomes estão habilitados para participar do processo eleitoral.

Compreendendo o Sistema Eleitoral Alvinegro

O sistema eleitoral da Ponte Preta opera de forma indireta. Nele, os 150 conselheiros eleitos para o próximo quadriênio, somados aos 150 conselheiros natos, são os responsáveis por eleger a Mesa do Conselho, o Conselho Fiscal e, por fim, os cargos de presidente e vice da Diretoria Executiva.