Luiz Antônio Alves Torrano na Presidência da Ponte Preta: O Futuro da Macaca

A Ponte Preta virou uma página significativa em sua história administrativa, oficializando Luiz Antônio Alves Torrano, ex-juiz, como seu novo presidente. A transição de poder, que se concretizou na última segunda-feira, marca o início de um mandato de quatro anos, estendendo-se até o encerramento de 2029, e sucede a gestão de Marco Antônio Eberlin, que se encerrou no domingo anterior.

A formalização da posse ocorreu imediatamente após a proclamação dos resultados, que indicaram uma aprovação expressiva: 189 votos a favor da chapa encabeçada por Torrano, com apenas cinco votos em branco e um voto nulo. Este desfecho já era amplamente antecipado nos bastidores, visto que a chapa "77" havia prevalecido na etapa inicial do processo eleitoral, pavimentando o caminho para a indicação de Torrano à cadeira presidencial.

O Perfil do Novo Comandante e sua Visão Gerencial

Conhecido no ambiente do Estádio Moisés Lucarelli como "doutor Torrano", o novo dirigente da Alvinegra traz consigo uma notável trajetória profissional. Recentemente aposentado após 36 anos de dedicação à magistratura, Torrano iniciou sua carreira em 1989, atuando como juiz de direito no Fórum Central da Comarca de Campinas e sendo titular da 1ª Vara da Família e Sucessões. Sua aposentadoria oficial foi registrada em 30 de outubro, liberando-o para assumir este novo e desafiador encargo.

Esta não é a primeira vez que o nome de Torrano surge como potencial líder da Ponte Preta . Em 2021, ele figurava como um dos principais candidatos à presidência, mas optou por declinar devido a compromissos profissionais, o que abriu espaço para o primeiro período de gestão de Marco Antônio Eberlin. Em suas primeiras declarações como presidente, Torrano esboçou sua abordagem para os desafios que se avizinham:

Nós trabalharemos com minimetas. Todo dia terá um problema para resolver. Então serão minimetas igual fazia o Vadão. Confiem em mim que a Ponte vai ser um sucesso, como tem sido com o Eberlin. As questões serão resolvidas.

Foto: ( Marcos Ribolli/ PontePress)

Reestruturação Interna e a Permanência de Eberlin

Apesar de deixar o posto de presidente, Marco Antônio Eberlin não se desliga da diretoria executiva, assumindo funções estratégicas que indicam uma continuidade em áreas cruciais. Ele foi nomeado como primeiro vice-presidente e, de forma ainda mais relevante, como diretor de futebol. Nesta nova função, Eberlin terá a incumbência de gerenciar tanto o departamento profissional quanto as categorias de base do clube.

A dinâmica entre os dois principais nomes da nova gestão foi delineada pelo próprio Torrano, que esclareceu a divisão de responsabilidades:

Eu ficarei mais com as questões administrativas. Ele vai gerenciar o profissional e a base e terá de prestar contas à diretoria executiva.

Essa organização sugere uma administração que busca equilibrar a experiência administrativa de Torrano com o conhecimento futebolístico e a vivência de Eberlin na gestão recente do clube.

A Composição da Nova Direção da Macaca

A formação da nova cúpula diretiva da Ponte Preta já está completa, com a definição de outros nomes que integrarão a estrutura executiva e os conselhos do clube. Nenê Tognolo assume como segundo vice-presidente, enquanto José Henrique Specie foi designado diretor jurídico e o Dr. Cláudio Cabrini Simões, diretor médico. A presidência do Conselho Deliberativo será ocupada por José Armando Abdalla, que já presidiu o clube entre 2018 e 2019 antes de renunciar, e Tagino Alves dos Santos, ex-presidente do Deliberativo, agora comanda o Conselho Fiscal. Esta composição reflete um esforço para solidificar a base de apoio e expertise para os próximos anos de gestão.