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Ponte Preta: Justiça cobra R$ 1 milhão e elenco tem baixas
Por Redação FutPonte em 28/12/2025 07:13
O cenário administrativo da Ponte Preta apresenta novos contornos preocupantes com a judicialização de pendências financeiras. Recentemente, o goleiro Matheus Kayzer e o preparador físico Leonardo Cupertino acionaram o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, pleiteando valores que, combinados, atingem a marca de R$ 1 milhão. As ações fundamentam-se na ausência de pagamentos ao longo da temporada de 2025, evidenciando a dificuldade da gestão em honrar compromissos básicos.
Abaixo, detalhamos os valores e as motivações das novas ações movidas contra a agremiação campineira:
| Profissional | Valor Pleiteado | Principais Reivindicações |
|---|---|---|
| Leonardo Cupertino (Prep. Físico) | R$ 587.036,65 | 6 meses de salários, premiações e danos morais. |
| Matheus Kayzer (Goleiro) | R$ 439.338,00 | FGTS, 13º, férias, multas e R$ 200 mil em danos morais. |
Detalhes dos processos e a debandada no elenco
Matheus Kayzer, que integrou o elenco desde março sem atuar oficialmente, baseia parte de sua ação no impacto psicológico e financeiro causado pela inadimplência. Já Leonardo Cupertino, que se transferiu para o Paysandu após o encerramento da Série C, cobra um montante superior a meio milhão de reais. Para o ciclo de 2026, a responsabilidade da preparação física será transferida a Marco Alejandro, sob o comando de Marcelo Fernandes, mas o passivo deixado por gestões anteriores continua a assombrar o Majestoso.
A instabilidade financeira já resultou em uma redução drástica do plantel durante a pré-temporada. Nomes como Wallace e Gabriel Inocêncio, que haviam sido anunciados como reforços para o próximo ano, optaram por rescindir seus vínculos precocemente. Além deles, Kevyn, Léo Oliveira e Diego Tavares também se despediram do clube. Há ainda a possibilidade iminente de novas saídas, como a de Luiz Felipe, que desperta o interesse do Náutico, refletindo a vulnerabilidade do elenco diante do mercado.
Paralisação das atividades e o histórico de inadimplência
Na última quarta-feira, dia 24 de dezembro, a cúpula alvinegra tentou amenizar os ânimos ao quitar um mês de salário para a maior parte dos jogadores. No entanto, a medida foi considerada insuficiente. Profissionais do departamento de futebol e da comissão técnica enfrentam atrasos que chegam a oito meses, enquanto funcionários administrativos ainda aguardam o vencimento de novembro e o décimo terceiro salário. O elenco , em comunicado oficial, pontuou que a retomada dos treinamentos, prevista inicialmente para o início de janeiro, está condicionada a novos repasses.
A lista de credores judiciais da Ponte Preta é extensa e qualificada. Além dos casos recentes, diversos outros atletas buscaram amparo legal para encerrar seus contratos ou reaver valores devidos. Confira alguns nomes que moveram ações recentemente:
- Maguinho, Jean Dias e Nilson Júnior;
- Everton Brito e Wanderson (conseguiram rescisão indireta);
- Lucas Cândido, Jhonny Lucas e Gustavo Vintecinco.
Perspectivas para o planejamento de 2026
A diretoria da Macaca encontra-se em uma encruzilhada técnica e financeira. Enquanto tenta montar um grupo competitivo para as competições de 2026, precisa lidar com bloqueios judiciais e a desconfiança de profissionais do mercado. A estratégia de realizar pagamentos parciais tem se mostrado ineficaz para conter a insatisfação interna e as rescisões unilaterais na Justiça do Trabalho.
O clube informou que as atividades seguem suspensas até que a situação seja regularizada. Segundo informações de bastidores colhidas com pessoas próximas aos jogadores, o retorno efetivo aos gramados para a preparação física e tática só deve ocorrer no dia 2 de janeiro, caso não haja novos percalços no fluxo de caixa. A omissão em resolver o passivo trabalhista coloca em xeque não apenas o início da próxima temporada, mas a própria sustentabilidade institucional da Ponte Preta a longo prazo.
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