Supremacia Alvinegra: Como a Ponte Preta Dominou os Dérbis de 2025 e Reequilibrou o Clássico Campineiro

A Hegemonia Alvinegra no Clássico Campineiro de 2025

A máxima de que "o dérbi é um campeonato à parte", eternizada pelo inesquecível Vadão, encontrou sua mais clara materialização em 2025 na performance da Ponte Preta. Em um ano que ficará gravado pela inédita série de confrontos na Série C, a equipe alvinegra demonstrou uma superioridade inquestionável no clássico campineiro, assegurando três vitórias e um empate nos quatro embates, um testemunho de seu domínio absoluto.

A demonstração de força teve início no Campeonato Paulista, com um triunfo de 2 a 0 no Moisés Lucarelli. Os gols de Danilo Barcelos e Jean Dias selaram a superioridade, em um confronto que, vale ressaltar, foi permeado por controvérsias arbitrais sob a condução de Raphael Claus.

Posteriormente, na Série C, os rivais se reencontraram. Durante a fase inicial, em que ambos pleiteavam uma vaga no G-8, o embate no Majestoso culminou em um empate de 1 a 1, um espetáculo marcado por lances de rara beleza, com os golaços de Elvis e Mirandinha.

O Caminho da Ponte Preta rumo ao Acesso

Contudo, foi no quadrangular final da Série C que a Alvinegra consolidou sua hegemonia de maneira irrefutável. Primeiramente, uma vitória magra de 1 a 0 no Brinco de Ouro, com Toró garantindo o gol solitário. Em seguida, o confronto no Moisés Lucarelli selou o destino, com Bruno Lopes e Luiz Felipe marcando os gols que asseguraram o placar de 2 a 0 e, mais importante, a vaga na grande final contra o Londrina.

Ao final da temporada, o saldo é inequívoco: dos 12 pontos possíveis nos clássicos, a Ponte Preta acumulou 10, ostentando um impressionante aproveitamento de 83%. Em contraste, o rival amargou um pífio 8%, encerrando o ano sem qualquer triunfo nos dérbis e, crucialmente, sem a tão almejada promoção de divisão.

O Equilíbrio Restabelecido: Dérbis e o Retrospecto Histórico

Essa sequência vitoriosa não apenas marcou a temporada, mas também reconfigurou o panorama do retrospecto histórico geral. Após 212 confrontos, a distância entre os rivais diminuiu substancialmente, e a Ponte Preta , pela primeira vez em muito tempo, demonstrou uma capacidade ofensiva superior. Os números falam por si:

Adicionalmente, o setor ofensivo alvinegro superou o rival, registrando 276 gols marcados contra 275 do Guarani, um feito que sublinha a mudança de patamar.

Enquanto o Guarani lamenta um encerramento de temporada marcado pela frustração e pela ausência de vitórias no clássico, a Ponte Preta celebra não apenas o merecido retorno à Série B, mas também a reafirmação de seu protagonismo no dérbi campineiro. O equilíbrio histórico, antes pendente, agora se mostra mais acirrado do que nunca, prometendo novos capítulos eletrizantes para a rivalidade.